O termo hidrolato surgiu da junção dos termos hidro (=água) mais lato (=leite), significando água leitosa. A depender da matéria prima destilada, essa é a aparência do hidrolato. Durante o processo de destilação por arraste a vapor, temos dois produtos distintos, o óleo essencial e o hidrolato. Mais sutil e mais delicado, porém não menos potente, o hidrolato é a água que percorreu toda a massa verde, carregando consigo princípios hidrossolúveis, sais minerais e até 0,2% de moléculas aromáticas. Como as águas aromáticas, o seu uso acompanha o da matéria-prima que o originou. Tem duração mais longa, podendo chegar a até 2 anos, desde que bem conservado. Também atua nos campos psico-físico-energético, bem como nos ambientes e na cosmética.
Óleos essenciais e hidrolatos, o que são?
O termo hidrolato se deve à sua aparência esbranquiçada, lembrando uma água leitosa. O hidrolato e o óleo essencial são os dois produtos que nascem da destilação por arraste a vapor de ervas aromáticas.
Os dados históricos apontam o Egito antigo como o berço da destilação, mas o seu aprimoramento se deve ao médico e alquimista árabe, conhecido pelo nome de Avicena, que desenvolveu o condensador.
Basicamente, a destilação da qual estamos falando é a destilação por arraste a vapor que se dá através do emprego da dorna, onde serão armazenadas as ervas, e a caldeira, onde é colocada a água para a produção do vapor, ambas conectadas por um tubo flexível. A água é aquecida até que entre em ebulição. E sob a forma de vapor, sobe, perpassa as ervas e assim vai rompendo os tricomas, que são as delicadas bolsas onde estão alojadas as moléculas aromáticas nas folhas da erva que está sendo destilada. Todo esse processo se encerra no condensador, por onde passa a água fria, condensando o vapor, carregado de moléculas aromáticas. Ao final, temos o vaso separador, onde o óleo essencial e o hidrolato são recolhidos.
Então, o que se tem como hidrolato é a água que percorreu, como vapor, toda a massa verde, arrastando consigo partículas aromáticas e demais substâncias hidrossolúveis. E claro, temos a “medicina natural” da própria água, uma vez que lava, limpa, descarregando o que está em desequilíbrio. Então, temos aí dois produtos distintos: o óleo essencial e o hidrolato, produtos diferentes entre si, com especificidades diferentes, apesar de terem sido produzidos em um mesmo processo. E é exatamente por isso que o hidrolato não pode ser considerado um subproduto da destilação, mas sim um produto tão importante quanto ao óleo.
Considerado como a aromaterapia do futuro, devido à sua suavidade, o hidrolato tem inúmeros usos: aspersor de ambientes, enxague dos cabelos e bucal, limpeza de pele… Na França, temos a hidrolaterapia, que como o nome mesmo indica é a terapia através do uso tópico e oral dos hidrolatos, que por ter uma concentração de até 0,2 % de moléculas aromáticas, constitui uma terapia delicada e suave, podendo ser usada sem restrições por crianças e idosos. O cuidado devido restringe-se a algum componente alergênico. Então, antes de usar ou recomendar o uso, é preciso fazer o teste de toque, ou seja, passar/ aspergir um pouco do produto na parte interna do antebraço e aguardar se ocorre alguma reação alérgica.
Como o óleo essencial, o hidrolato age nos corpos físico, mental, emocional e energético, promovendo o bem-estar, porém de forma mais doce, lenta e suave. O tempo de validade é de dois anos e o seu uso pode compor blends aromáticos.
Relação de produtos e os seus usos
O sítio A Graça de Maria restringe a sua atividade a plantar árvores, flores e ervas aromáticas, sob o sistema agroflorestal para em seguida, respeitando o ciclo da planta, destilar os seus óleos essenciais e hidrolatos, levando ao público em geral os seus benefícios. Não pretendemos de forma alguma fazer indicação de uso.
Os óleos essenciais NÃO devem ser usados indiscriminadamente, sem que tenham sido recomendados por profissionais capacitados, com sólida formação em aromaterapia. Muitos óleos essenciais são fotossensibilizantes e possuem uso restritivo ou mesmo proibitivo a crianças, gestantes e mulheres em aleitamento, asmáticos, idosos e indivíduos com comprometimento renal e psiquiátrico. É necessária portanto a realização de uma anamnese profunda e detalhada. Afinal, cada ser humano constitui um universo único e singular e o que funciona para uma pessoa não necessariamente servirá a outra, ainda que os sintomas sejam semelhantes. Não é por serem produtos 100% naturais que óleos essenciais são isentos de toxicidade. Por favor, não se coloque em risco, procure um profissional de confiança. Em caso de dúvidas, entre em contato com a ABRAROMA.
Já os hidrolatos são mais suaves e podem ser usados com maior segurança. Mas mesmo assim, busque orientação para saber qual hidrolato usar e em que diluição deve ser empregado.
A listagem acima cumpre a função de simplesmente apresentar o catálogo dos óleos essenciais e hidrolatos produzidos no sítio A Graça de Maria, não pretendendo fazer qualquer forma de indicação terapêutica.
ATENÇÃO!
- Os óleos essenciais DEVEM ser usados a partir da orientação de um profissional capacitado. Caso você não conheça, entre em contato com alguma escola ou com a Abraroma e se informe.
- Óleos essenciais não devem ser usados puros na pele e não ingerir. Consulte o seu aromaterapeuta.
- Não deixar os óleos essenciais ao alcance de crianças ou de animais domésticos. Alguns óleos essenciais não devem ser usados em grávidas, bebês, crianças e/ou pacientes portadores de patologias específicas. Consulte o seu/ sua aromaterapeuta.